A DellArte e a Bradesco Seguros trazem da Rússia para o Brasil, em novembro, o aclamado Kirov – Ballet do Teatro Mariinsky de São Petersburgo, que, em sua aguardada volta ao país, apresenta um dos mais famosos ballets do repertório clássico de todos os tempos, o espetáculo O Corsário, além de duas noites de uma apresentação que reúne grandes momentos da arte coreográfica, a “Grande Gala”.
No total, serão dez apresentações divididas entre Rio de Janeiro e São Paulo, ao longo do mês de novembro. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, os dias 13 de novembro (O Corsário) e 16 de novembro (“Grande Gala”) serão dedicados aos assinantes. Além das apresentações pela série, a companhia fará mais três espetáculos no Rio, também no Theatro Municipal: dias 12, 14 e 15 de novembro, todas com O Corsário. O Ballet do Teatro Mariinsky estará também em São Paulo, no Teatro Alfa, de 19 a 22 de novembro (duas sessões no dia 22), com O Corsário, e dia 23 com “Grande Gala”.
O Corsário estreou no Théâtre Impérial de l’Opéra de Paris em 1856, com música de Adolphe Adam e coreografia de Mazilier. Dois anos depois estreava em São Petersburgo, com coreografia de Jules Perrot, posteriormente modificada por Petipa. Foi nesta formatação que O Corsário se tornou um dos grandes sucessos do Ballet do Teatro Mariinsky e veículo privilegiado para o brilho de seus solistas.
Além de O Corsário, o Kirov traz ao país um espetáculo apresentado por alguns dos maiores nomes do balé da atualidade – a “Grande Gala”, abre com a célebre Chopiniana, também conhecida como Les Sylphides, com coreografia de Mikhail Fokine. A segunda parte do programa segue com dois números: O Espectro da Rosa e A Morte do Cisne — grandes clássicos do balé da primeira metade do século XX — ambos assinados também por Fokine. O espetáculo encerra com um “Divertissement”, onde se destacam o “grand pas” de Dom Quixote e Diana e Acteon.
Ao longo das dez apresentações, serão 18 bailarinos se revezando nos papéis principais: Konstantin Zverev, Timur Askerov, Daniil Korsuntsev, Oxana Skorik, Anastasia Kolegova, Anastasia Matvienko, Maria Shirinkina, Elena Evseeva, Vladimir Shklyarov, Kimin Kim, Andrey Yermakov, Maksim Zyuzin, Alexey Timofeev, Yuir Smekalov, Islom Baimuradow, Viktoria Krasnokutskaya, Svetlana Ivanova e Ulyana Lopatkina, que, 15 anos depois, volta ao Brasil como grande estrela da companhia. No total, somando solistas e corpo de baile, 170 bailarinos chegam para a turnê no Brasil.
A Temporada de Dança Dell’Arte 2014 faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições e grandes musicais.
KIROV – Ballet do Teatro Mariinsky de São Petersburgo
A história da mais celebrada companhia de balé do mundo começou com Jean-Baptiste Landé, em 1738. O mestre de dança francês chegou a São Petersburgo a chamado da Imperatriz Anna Ioannova, com uma missão específica: fundar uma escola de dança. Esta instituição, origem da famosíssima Academia de Balé Vaganova, era destinada aos filhos dos criados do palácio. Ou seja – o nobre balé russo, já com 276 anos de existência, nasceu plebeu. O desejo da Imperatriz Catarina II, que sucedeu a Anna Ioannova, era fazer de São Petersburgo a capital cultural do Norte Europeu, rivalizando com a fervilhante Viena da Imperatriz Maria Teresa. Catarina não poupou esforços. Foram chamados os mais importantes mestres de bailado da Europa Ocidental.
Nos anos que se seguiram, alguns dos principais nomes da história da dança passaram pelos quadros do Kirov: Charles Louis Didelot, o coreógrafo Filippo Taglioni com sua irmã, a bailarina Maria Taglioni, a dançarina Fanny Elssler, Christian Johannsen, o coreógrafo Jules Perrot, o mestre de bailado Arthur Saint-Léon. Mas foi Marius Petipa o responsável pela grande eclosão do balé russo e pela criação de espetáculos que ainda hoje encantam o público. Petipa tinha 29 anos quando chegou a São Petersburgo, em 1847, como bailarino e coreógrafo. A grande contribuição de Petipa foi ter logrado realizar a síntese de dois estilos de dança estrangeiros: o italiano e o francês, que eram diametralmente opostos. Esta simbiose, aliada aos temas russos e a sua música apaixonada, deu origem a um produto híbrido: o balé acadêmico russo, que reunia o melhor de todos os mundos. A arte da dança deve ainda a Petipa o equilíbrio entre mímica e dança, os ensembles do corps de ballet e as regras precisas na sequência do “pas de deux”. Ao apagar das luzes do século XIX, os bailarinos russos já rivalizavam e até superavam os virtuoses italianos.
Mas a revolução política e o sopro da renovação que estavam no ar na aurora do século XX não poderiam deixar de atingir o Ballet de São Petersburgo. Produtos da escola de São Petersburgo, como Karsavina, Pavlova e Nijinsky lideravam uma recente onda de genialidade na dança, impondo uma nova imagem do ballet russo. Nos anos 20, a partir dos trabalhos de preservação da tradição da dança, nascia o ballet soviético, agora orientado para a nova audiência proletária e com obras que fizeram a companhia ser o que hoje representa para a história do ballet mundial.
Com o fim do comunismo, a queda das barreiras ideológicas e a crescente integração da Rússia ao bloco ocidental, o Ballet Kirov do Teatro Mariinksy permanece um marco e referencial obrigatório para todo o mundo do ballet. Mais que um santuário da dança clássica, a companhia é uma constante fonte de inspiração, um patrimônio cultural mundial da arte da dança, reverenciado em todo o mundo.
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