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Resenha do primeiro episódio dos novos DuckTales, que estreia dia 4 no Brasil


A série estreia neste domingo, porém o pessoal do Arkade já viu o primeiro episódio dublado!

Uma das maiores produções Disney de todos os tempos, DuckTales já tem data para retornar ao Brasil: dia 4 de fevereiro, a partir das 11 da manhã, em um lançamento que acontecerá em quatro locais simultaneamente: nos canais Disney Channel, Disney XD, Disney Junior, no SBT e também por streaming, no Facebook do Disney Channel.

Tal lançamento, bem maior do que qualquer outra animação recente tem explicação: estamos falando de uma série que é considerada uma das mais bem sucedidas séries animadas da Disney em toda a sua história, sendo lembrada constantemente entre as melhores séries de todos os tempos, sem contar os dois jogos da série, lançados para o NES 8-bit, que seguem lembrados, a ponto de retornarem para uma coletânea da Capcom para a geração atual, e o primeiro game ganhar um remake completo. E, embora o foco seja o publico infantil, é claro que a nostalgia fará com que muitos adultos também tenham interesse em acompanhar as novas aventuras dos patos aventureiros.

E é exatamente este o ponto de equilíbrio que a série terá que lidar durante a sua nova trajetória: agradar as crianças, oferecendo humor e aventura, lembrando também dos adultos, que assistiram durante os anos 80 e 90 e são potenciais espectadores. A boa notícia é que, pelo menos com a estreia, ambos os públicos estarão bem servidos.

Uma das grandes sacadas do DuckTales original é a de levar a aura e o legado dos quadrinhos de Carl Barks e, na medida do possível, podemos conferir a mesma coisa nos novos episódios. É claro, tudo terá que ser explicado e justificado de novo: a moradia dos três patinhos gêmeos Huguinho, Luizinho e Zezinho na maior mansão de Patópolis, o surgimento do Capitão Bóeing como piloto de avião, a sede por aventuras de Tio Patinhas e a introdução da Governanta Patilda e sua neta Patrícia.

O legal é que tal introdução é um convite para a nostalgia dos velhos tempos. Há um clima de saudosismo no ar, como se as aventuras das décadas passadas tivessem ficado no passado, e, de forma simbólica, novos acontecimentos, o que inclui questões familiares, façam com que esta sede por aventuras renasça em todos os personagens, que irá ditar os próximos episódios a partir dali. Mesmo de maneira simbólica, o desenho deixa claro que sabe que existia muita gente com saudade de toda esta aventura, como por exemplo, uma situação na qual o Tio Patinhas encontra uma roupa de mergulho, que remete aos trajes que utilizava em suas explorações no passado.

Voltando ao “clima Carl Barks“, é ótimo ver que o desenho não está “bobinho”, como era medo de alguns. As aventuras foram adaptadas aos tempos atuais, com smartphones e tecnologias atuais, como o GPS, mas as aventuras pelo mundo, as explorações de antigamente, aliados a personalidade forte dos personagens, um bom senso de humor, e bom conteúdo de ação, com lições de amizade e companheirismo embutido em tudo isso, deixam o desenho, mesmo com seus traços mais modernos, com cara de um típico desenho dos anos 80, só que feito hoje. Também há espaços para arcos, que, mesmo deixando o seriado funcionando com o “episódio da semana”, pode conectar eventos mais profundos para os personagens durante as temporadas.

E, mais uma grande novidade, que irá agradar a todos, é a presença do Pato Donald. O pato nervoso, que na série original tem aparições tímidas, se torna um dos protagonistas desta vez, com um trabalho de dublagem bem caprichado, que nos faz até ficar sem entender o que o pato esbraveja, de propósito. Quanto a todos os outros personagens, o trabalho é competente e apenas estranhei em um primeiro momento ouvir o Tio Patinhas, mas, nada que atrapalhe toda a experiência. E, falando em adaptação, a abertura com a voz da Ivete Sangalo está bem divertida e a voz dela ajuda a valorizar a animação, com um único porém: mexeram na letra. A melodia é a mesma, mas não ficou lá muito legal as mudanças que fizeram.

A volta de DuckTales é saudável pelo simples fato de oferecer uma animação como nos velhos tempos, apesar das adaptações que se fazem necessárias para atingir o público hoje: conta uma boa história, oferece exploração além da ação, brinca com a imaginação do espectador, e ainda consegue trazer bons tempos de volta para quem curtia a série antigamente. Tem tudo para dar certo por aqui, e agradar diversos públicos.

Por Arkade


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