‘Revolucionária’ na definição do próprio autor − o compositor italiano Giuseppe Verdi − e imortalizada por árias de enorme popularidade como La donna è mobile, a ópera Rigoletto ganha nova versão assinada pelo diretor ítalo-brasileiro Pier Francesco Maestrini, que abre, em 8 de julho, a temporada lírica 2012 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. No papel-título, um dos principais intérpretes verdianos de sua geração, o italiano Roberto Frontali se reveza ao longo da temporada com o premiado barítono brasileiro Rodolfo Giugliani (Rigoletto). O elenco de alto nível conta ainda com as sopranos Artemisa Repa e Lys Nardoto (Gilda); os tenoresFernando Portari e César Gutiérrez (Duque de Mântua); o baixo Sávio Sperandio (Sparafucile); a mezzo-soprano Adriana Clis (Magdalena), e o barítono Manuel Alvarez (Monterone), entre outros. Para conduzir a Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal foi convidado o maestro portuguêsOsvaldo Ferreira.
“Escolhemos uma obra fundamental do repertório operístico mundial, de grande beleza musical e forte carga dramática, para esta abertura da temporada lírica de 2012, que é também o Ano da Itália no Brasil”, explica Carla Camurati, presidente da Fundação Teatro Municipal.
Com mais de 80 montagens no currículo desde sua estreia em 1993, em Tóquio, com O Barbeiro de Sevilha, o diretor Pier Francesco Maestrini dará especial atenção ao lado psicológico dos personagens em sua sexta montagem no Brasil. O drama vivido pelo bobo da corte Rigoletto e sua filha Gilda, inspirado na peça Le Roi S’amuse, de Victor Hugo, tornou-se uma das obras mais importantes da carreira de Verdi, ao marcar um período de maturidade musical do compositor e representar uma ruptura formal em que a narrativa é mais importante do que o canto puro e a exibição técnica dos cantores. “O conceito clássico e arquétipo da nêmesis, no qual as culpas dos pais acabam por recair sobre os filhos, e a questão da deformidade física do protagonista, como um aspecto condicionante de seu caráter, são pontos em que trabalhei especialmente nesta montagem”, explica o diretor, que ao todo já dirigiu outras quatro diferentes montagens de Rigoletto.
Com um total de cinco cenas divididas ao longo de três atos, a ópera ganhará um cenário hiper-realista na versão de Maestrini. Assinado por Alfredo Troisi, o cenário funde elementos da cena com imagens de vídeo projetadas ao fundo, criando uma ilusão de profundidade e continuidade. A atmosfera sombria que cerca a trama é reforçada pela iluminação de Jorginho de Carvalho e os figurinos de época, restaurados por Francesca Ghinelli, que concebeu os trajes dos solistas.
Décima-sétima ópera do italiano Giuseppe Verdi, Rigoletto fez sua estreia em março de 1851, no La Fenice de Veneza, depois de sofrer várias mudanças no libreto de Francesco Maria Piave, praticamente reescrito por exigência da censura, que não via com bons olhos principalmente a figura do rei devasso descrita na obra de Victor Hugo, transformada em duque na ópera. O libreto ainda sofreu troca de nomes, local e data retratados. Apesar das dificuldades em finalizá-la a tempo de atender o prazo do teatro, Rigoletto estreou com enorme sucesso e, somente nos dez primeiros anos, foi apresentada em 250 teatros em todo o mundo. No Brasil, a ópera chegou em 1856 e ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1910.
“Verdi fez uma criação madura para o novo tipo de ópera que ele desejava produzir. Quando ouvimosPari siamo percebemos que estamos em um mundo completamente revolucionário da ópera. Verdi criou uma forma híbrida, aparentada com o solilóquio de Shakespeare no teatro tradicional, que dá ao caráter de Rigoletto amplo espaço dramático para comunicar as emoções turbulentas que existem dentro dele”, comenta o maestro Osvaldo Ferreira.
A história gira em torno do bobo da corte Rigoletto, que é amaldiçoado pelo Conde Monterano por ter zombado de sua dor, ao ter a filha desonrada pelo devasso Duque de Mântua. Supersticioso, o bobo se apavora com a maldição e teme por sua filha Gilda, mantida semi-reclusa. Sem saber que Gilda é filha de Rigoletto, o devasso Duque a seduz depois de conhecê-la na igreja. No caminho de volta para casa, Rigoletto conhece um matador, Sparafucile, que lhe oferece seus serviços. Odiado por muitos na corte, Rigoletto é levado a sequestrar, sem saber, a própria filha, que julgava ser a Condessa Ceprano e que os nobres, por sua vez, achavam tratar-se da amante de Rigoletto e por isso queriam lhe pregar uma peça. Apavorado, teme ainda mais pela maldição lançada. Ele implora pela filha, que lhe conta estar apaixonada pelo Duque. Desesperado, tenta convencer a filha de que o Duque é um devasso e para isso a leva na taberna de Sparafucile, onde vê o Duque cortejando Magdalena, irmã do matador. Isto não é suficiente para abalar o amor de Gilda. Desesperado, Rigoletto manda a filha fugir para Verona vestida de homem e contrata Sparafucile para matar o Duque, cujo corpo ele mesmo jogaria no rio. Magdalena, também seduzida pelo Duque, pede ao irmão que não o mate. Este aceita, dizendo que matará em seu lugar a primeira pessoa que entrar na taberna. Gilda ouve escondida e, vestida de homem, entra na taberna para se sacrificar no lugar de seu amado e é esfaqueada pelo matador. Rigoletto recebe o saco com um corpo e ao chegar ao rio ouve a voz do Duque cantando ao longe. Ao abrir o saco, vê, horrorizado, a filha agonizante. Só há tempo para lhe pedir perdão, antes de vê-la morrer.
Os intérpretes
Roberto Frontali, barítono (Rigoletto)
Desde a estreia na ópera em Agnese di Hohenstaufen, de Spontini, o caminho artístico levou Roberto Frontali a cantar nos principais teatros italianos. É considerado um dos melhores barítonos verdianos em atividade. Após seu debut no Festival de Ravenna, estreou no Metropolitan de Nova York e no alla Scala de Milão com Beatrice di Tenda, de Bellini, retornando a este último com O Barbeiro de Sevilha, com Riccardo Chailly; Don Pasquale, Falstaff e La Traviata. Sua interpretação de O Barbeiro de Sevilha, papel chave de sua carreira, levou-o à Ferrara – sob direção de Claudio Abbado –, a Pesaro, Roma, Viena, Tóquio, Nizza, Nova York (Metropolitan) e Londres (Covent Garden). No Maggio Musicale Fiorentino, onde debutou em Eugene Onegin, cantou L’Elisir D’Amore, O Barbeiro de Sevilha e Lucia di Lammermoor, sob direção de Zubin Mehta. Em seu repertório, encontram-se, entre outras, La Favorita de Donizetti (Tóquio e Roma), Il Pirata de Bellini (Berlim) Don Carlo (Gênova, Bologna e Santander). Durante a temporada 2000/01, participou da inauguração da renovada Royal Opera House – Covent Garden de Londres, com uma nova produção de Falstaff e obteve triunfo em Ernani, no Teatro Carlo Felice de Gênova. O ano de 2000 foi concluído com sua estreia como Conde de Luna em Il Trovatore, numa nova produção no Metropolitan. Na temporada 2001/2, esteve novamente no alla Scala com Riccardo Muti em La Traviata e Falstaff e, em 2003, no Ópera de Chicago em uma nova produção de LaTraviata e no Metropolitan de Nova York com Il Trovatore, La Traviata e Luisa Miller. Os registros fonográficos incluem Falstaff, As Bodas de Fígaro, L’Elisir D’Amore, Lucia di Lammermoor, Il Pirata e La Straniera.
Rodolfo Giugliani, barítono (Rigoletto)
Aluno de Benito Maresca, Rodolfo Giugliani, que iniciou seus estudos de canto aos 14 anos, acumula diversos prêmios em sua carreira, incluindo a primeira colocação no IX Concurso Jaume Aragall, na Espanha, em 2008, além do Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas e Concurso de Canto Aldo Baldin, que venceu em quatro edições. Foi premiado em 2º lugar no concurso Vozes do Brasil – Prêmio Nacional de Canto Lírico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Apresentou-se no Brasil e no exterior como Giorgio Germont em La Traviata; Scarpia em Tosca; Tonio em Il Pagliacci; Alfio na Cavalleria Rusticana; Sharpless em Madama Butterfly; o papel-título em Rigolettoalém de Colombo no Oratório Colombo. Em seu repertório incluem-se as óperas Attila, Le Villi, Tosca, La Traviata, I Pagliacci, Carmen, Cavalleria Rusticana, oratório Colombo e Lo Schiavo. Seus recentes trabalhos incluem concertos no Palau de La Musica Catalana em Barcelona; Gianni Schicchi no Theatro São Pedro/SP; Andrea Chenier no Palácio das Artes/BH; Lucia Di Lammermoor e Nabucco no TMRJ, eRigoletto na reabertura no centenário do Theatro Municipal de São Paulo, em 2011. Neste ano destacou-se em La Traviata, no Theatro Municipal de São Paulo, e em Tosca, no Festival Amazonas de Ópera.
Artemisa Repa, soprano (Gilda)
Formou-se em 2003, com nota máxima, na Accademia delle Arti di Tirana e especializou-se em 2006 no Conservatório de Música Santa Cecilia de Roma, classificando-se em primeiro lugar entre mais de cem cantores de diversas nacionalidades. Aperfeiçoou-se com Mirella Freni, Raina Kabaivanska e Kátia Ricciarelli. Tem se apresentado como solista em vários países, interpretando papéis de protagonista em diversas óperas, entre eles Serpina em La serva padrona, de Pergolesi (2001), Carolina em Il matrimonio segreto, de Cimarosa (2001), Lucy em Il telefono, de Menotti (2003), Giulia em La scala di seta, de Rossini (2003), Giulietta em I Capuleti e I Montecchi, de Bellini (2008), Gilda em Rigoletto, de Verdi (2010). No Brasil, foi solista na Petite Messe Solennelle, de G. Rossini, no Teatro Bradesco em São Paulo (2010), na Paixão segundo São João, de Bach, do Theatro Municipal de São Paulo, na Igreja da Consolação (2011), com a regência de Nicolau de Figueiredo e ainda no Theatro São Pedro (2009), Mosteiro de São Bento (2010) e Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília (2011). É vencedora de vários concursos internacionais, incluindo o Concurso Internacional G. Rossini de Bad Wildbad (Alemanha, 2003), Concurso Lírico Enrico Caruso, de Milão (2004), Concurso Internacional Martinelli-Pertile, de Montagnana (Itália, 2004), Concurso Internacional Zandonai, de Riva del Garda (Itália, 2004), Concurso Internacional Marja Kraja, de Tirana (Albânia, 2004).
Lys Nardoto, soprano (Gilda)
Natural de Brasília, iniciou seus estudos na Escola de Música de Brasília – EMB, aos 4 anos de idade. Participou como menino pastor na montagem da ópera Tosca (Puccini) aos 9 anos. Aos 18 anos, fez a sua estreia como cantora lírica, interpretando Musetta (La Bohème) sob a regência de Sílvio Barbato, em Brasília. Participou em 2001 da Abertura do Festival de Cinema no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em Brasília, participou de concertos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Em concerto interpretou obras de compositores brasileiros como Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos e árias de óperas selecionadas desde papéis mozartianos aos de alto romantismo como Violeta (La Traviata), trabalhando com nomes como Giuseppe Marotta e John Neschling. Em montagens de ópera, sob a direção de maestros como Jamil Maluf, Fredenio Gerling Junior, Carlos Moreno, Alessandro Sangiogi, Flávio Florence, Silvio Barbato e outros, cantou papéis como Die Köenigin der Nacht (Die Zauberflöte), Gilda (Rigoletto), Silberklang (Die Shauspieldirektor), Amore (Orphée et Eurydice) e Lauretta (Gianni Schicchi). Participou da mini-série Amazônia na TV Globo cantando a ária da Rainha da Noite. Foi participante e vencedora de concursos brasileiros e internacionais, cantando em teatros da América do Sul, Estados Unidos e Europa. Recentemente foi uma das 18 cantoras selecionadas (sendo a única brasileira) para participar do Concurso Internacional Operália de Plácido Domingo, em Moscou.
Fernando Portari, tenor (Duque de Mântua)
Um dos tenores brasileiros com melhor carreira internacional da atualidade, Fernando já se apresentou na Staatsoper de Berlim ao lado de Anna Netrebko, em Manon, de Massenet, com a Staatskapelle, sob a direção de Daniel Baremboim; na Deutsche Oper de Berlim, no La Fenice de Veneza, nas Óperas de Hamburgo, Helsinki, Catania, Colônia, Varsóvia, Moscou, Comunale di Bologna, Massimo de Palermo, Teatro São Carlos de Lisboa e em La Coruña, na Espanha. Cantou no La Scala de Milão como Fausto, com grande sucesso de público. No Brasil já se apresentou em todos os seus principais teatros, com as melhores orquestras do país. Obteve memoráveis sucessos como em L’Elisir D’Amore, de Donizetti, no TMRJ, onde bisou a famosa ária Una Furtiva Lagrima. Participou de diversas gravações de CDs e DVDs, nacionais e internacionais. Entre seus mais conhecidos papeis estão Rodolfo, Hoffmann, Des Grieux,Duque de Mântua, Nemorino e Romeu. Entre seus compromissos recentes destacam-se La Traviata no Comunale de Bologna, Les Vêpres Siciliennes em Genebra, Pinkerton em M. Butterfly (North Carolina Opera), Edgardo em Lucia di Lammermoor (Palm Beach Opera), Fausto no Liceo de Barcelona e Romeu e Julieta no Teatro alla Scala de Milão.
César Gutiérrez, tenor (Duque de Mântua)
O colombiano iniciou sua carreira internacional a partir de 1991, apresentando-se na Áustria, Espanha, Noruega, França, Itália, Alemanha, Bulgária, Rússia, Japão, Suíça e Turquia, assim como na América do Norte e América do Sul. Neste mesmo ano, venceu o Prêmio Andrés Segovia para a interpretação da música espanhola em Santiago de Compostela e o primeiro prêmio no Concurso de Canto Maria Callas. Em 2000, venceu o Concurso Internacional de Canto ‘Hilde Zadek’ em Passau (Alemanha) e obteve o Primeiro prêmio e a Medalha de Ouro no Concurso de Canto ‘Maria Callas’ de Atenas (Grécia). Em seu repertório estão papéis como Macduff em Macbeth, Ernesto em Don Pasquale (Lucerna) a opereta Die lustige Witwe, Almaviva em O Barbeiro de Sevilha, no Gran Teatro Carlo Felice, em Gênova, e Lindoro em L’Italiana in Algeri, na Ópera de Oslo Norske. Ou ainda Tebaldo em I Capuleti ed I Montecchi, de Bellini, e Rodrigo em Otello, de Rossini, Don Ottavio em Don Giovanni, de Mozart. Sua estreia como Rodolfo em La Bohème foi na Greek National Opera em Atenas (2002), onde ele também cantou Alfredo em La Traviata um ano depois. Fez ainda uma bem-sucedida estreia como Duque de Mântua, em Rigoletto, no Buda Festival Internacional de Música (Noruega, 2002), e como Edgardo, em Lucia di Lammermoor, na Ópera Nacional em Lima (Peru). No Brasil, cantou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Festival Amazonas de Ópera e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte/MG.
Sávio Sperandio, baixo (Sparafucile)
A voz e a presença cênica marcantes de Savio Sperandio o têm tornado um dos artistas mais solicitados do Brasil. Tem se apresentado nos Theatros Municipais do Rio de Janeiro e São Paulo, Theatro da Paz (Belém), Festival Amazonas de Ópera e em concertos sinfônicos com as principais orquestras brasileiras (OSESP, OPES, OSMG, OSM SP, OSB, Amazonas Filarmônica etc). No exterior, apresentou-se no Theatro Colón de Buenos Aires, no Festival de Ópera de Lecce, Itália, Festival de Ópera de Ercolano,Itália e no Rossini Opera Festival em Pesaro, Itália. Em 2008, cantou O Barbeiro de Sevilha (Bartolo), no Teatro Real de Madrid, L’Italiana in Algeri (Don Magnifico), em Wildbad, Alemanha, e Il Viaggio a Reims(Don Profondo), no Teatro Arriaga de Bilbao, sob direção de Emilio Sagi e regência de Alberto Zedda. Recebeu os Prêmios: “Melhor Intérprete de Canção Brasileira”, no IV Concurso Internacional de Canto Lírico Carlos Gomes, “Melhor Intérprete de Canção de Osvaldo Lacerda” e “Revelação do Ano” no Prêmio Carlos Gomes de Música Erudita (2005). No Brasil, recentemente, cantou Betto di Signa, deGianni Schicchi, de Puccini, com a OSESP; Missa Solemnis e a Nona Sinfonia de Beethoven e o Oratório O Messias, de Haendel, com a Orquestra Petrobras Sinfônica. Cantou também Lucia de Lammermoor no Teatro São Pedro em São Paulo, a ópera Il Guarany, em Belém; L’Orfeo, de Monteverdi, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Falstaff, em Belo Horizonte, e Macbeth e o oratório Colombo, em São Paulo. Bacharel em Canto pela Universidade Federal de Goiás, é orientado por Isabel Maresca.
Adriana Clis, mezzo-soprano (Magdalena)
Adriana tem se apresentado como solista junto às maiores instituições musicais do país como: OSESP, OSM SP, OSUSP, OSB, OPES, OSTM RJ, OER SP, Amazonas Filarmônica e Banda Sinfônica do Estado de SP. Sua atuação abrange igualmente a ópera, a música de concerto e a música de câmara. Na Europa, apresentou recitais em Bellegarde, Sévres e Paris (França), e em Berlim (Alemanha). Como recitalista, tem atuado ao lado do pianista Gilberto Tinetti e do violoncelista Watson Clis por todo o Brasil. Suas premiações incluem: 1º lugar no Concurso de Canto de Araçatuba (1996), 1º lugar no Concurso Internacional Honorina Barra (Curitiba, 1998) e 1º lugar no Concurso Nacional de Música de Câmara Henrique Nirenberg (RJ, 1999). Venceu também o Concurso Jovens Solistas “Eleazar de Carvalho” (2002) e o Concurso Internacional de Canto “Bidu Sayão” (Belém, 2003). Além disso, recebeu o Prêmio Carlos Gomes 2002, na categoria “revelação” e em 2004 foi uma das finalistas das “Audições para Novas Vozes Líricas” do Teatro Colón (Buenos Aires), onde integrou a temporada de 2005 na Ópera Die Walküre de Wagner. Estudou canto em São Paulo com Regina de Boer, Carmo Barbosa, Leilah Farah e Eiko Senda, e obteve o Bacharelado em canto pela Faculdade Carlos Gomes. Em 1998, participou de curso no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, com a prof. Klara Kadinskaia, do Teatro Bolshoi e a partir de 2000, como bolsista da Fundação Vitae, mudou-se para Milão, Itália, onde se aperfeiçoou sob orientação do maestro Pier Miranda Ferraro, da Academia Lírica Italiana. Adriana Clis tem como preparador o pianista Ricardo Ballestero.
Manuel Alvarez, barítono (Monterone)
O barítono Manuel Alvarez iniciou sua carreira em 1999 no Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Neste ano, foi solista na ópera Lo Schiavo, de Carlos Gomes, interpretando Iberê, em turnê brasileira. No TMRJ, fez Gonzáles (Il Guarany), Paolo (Simon Boccanegra), Germon (La Traviata), Sharpless (Madame Butterfly), Orador (A flauta mágica), Belcore (O Elixir do amor) e Macbeth (Macbeth). Interpretou aindaFord (Falstaff), Baron (Olga) e Emílio (Chapéu de Palha), no Teatro Municipal de São Paulo, e Gianni(Gianni Schicchi), e Werter, no Teatro Amazonas. No Palácio das Artes, em Belo Horizonte, fez Amonasro(Aida), Zurga (O Pescador de Pérolas). Na Argentina, participou da ópera de Verdi Jerusalem, como Roger, no Teatro Roma, e de Carmen, como Escamillo, no Estádio Luna Park, em Buenos Aires. Em 2010, integrou a Cia Brasileira de Ópera, dirigida pelo maestro John Neschling, interpretando o personagem Bartolo na ópera O Barbeiro de Sevilha. Em 2011 participou da ópera Aida (Amonasro) no Teatro Municipal de Santiago do Chile.
Pier Francesco Maestrini, direção de cena
Filho do diretor de ópera italiano Carlo Maestrini e da pianista brasileira Cesarina Rizzo, Pier Francesco Maestrini nasceu em Firenze, onde estudou humanidades na universidade local e ainda violão e composição. Sua primeira direção foi O Barbeiro de Sevilha para a Japan Opera Foundation, de Tóquio. Desde então fez mais de oitenta direções, colaborando com artistas de fama internacional, e que vão do barroco ao contemporâneo, para os mais importantes teatros italianos e mundiais. Entre seus últimos trabalhos destacam-se Tosca no Teatro Municipal de Santiago do Chile, em junho de 2011, e A Força do Destino e O Elixir do Amor, em versão country western, no Teatro Nacional da Eslovênia de Maribor, produções unanimemente elogiadas pelo público e pela crítica. Em 2010 dirigiu Attila no Teatro Regio de Parma, concebido inteiramente para um cenário virtual de projeções CGI (Computer Generated Imagenery), constituído por um filó na boca de cena e outro no fundo para retroprojeções, no qual se viam os intérpretes agindo numa simulação de gráfica 3D. Foi o espetáculo de maior sucesso do Festival Verdi 2010 e que será repetido em Hong Kong em 2012. Ainda em 2010 concebeu e realizou uma revolucionária produção de O Barbeiro de Sevilha para a Companhia de Ópera Brasileira, primeiro exemplo de integração entre ópera e desenho animado, onde os cantores tinham sua origem nos desenhos e com eles interagiam, em perfeito entrosamento com a execução ao vivo da partitura por uma orquestra sinfônica. Este espetáculo foi apresentado em 20 cidades brasileiras. Em junho de 2010 montou o Don Giovanni. Sua concepção para esta obra foi a de associar a figura do sedutor com a do vampiro, o que conseguiu realizar brilhantemente no Teatro Vittorio Emanuele de Messina. A reação arrebatada do público ganhou eco da crítica local e de toda a Itália. Cabe destacar, também, em 2010, as produções de Manon Lescaut em Modena e Lucia di Lammermoor no Festival de Avenches (Suíça) e no Teatro dell’Opera de Roma, onde assinou ainda La Sonnambula. Em setembro de 2008, dirigiu no TMRJLa Bohème com uma dramaturgia pictórica, com projeções de mais de 90 quadros impressionistas, reproduzidos como um cenário vivo, no fundo do palco. Neste ano de 2012, em setembro, dirigirá Otello,obra já produzida para o San Carlo di Napoli, desta vez em nova roupagem para o Festival Verdi de Parma, e, em outubro, Don Giovanni, no Municipal de Santiago do Chile, remontando a sua criação do vampiro sedutor. Em 2013, seus compromissos incluem, entre outros títulos, Aida em Zurique, na Suíça, eA Força do Destino (cuja encenação no teatro Bolshoi de Moscou obteve significativa repercussão) em Liege, na Bélgica. Pier Francesco Maestrini realizou masterclasses na Universidade de Yale (New Haven, EUA), em 2007, na Showa (Tóquio), em 2001 e 2002, e na Academia da Fundição Toscanini de Parma, em 2004.
Osvaldo Ferreira, regência
Osvaldo Ferreira é o Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, e Diretor da Oficina de Música de Curitiba, desde 2009. Em Portugal, foi Diretor Artístico da Orquestra do Algarve, Diretor Artístico do Festival Internacional de Música do Algarve, Diretor e administrador do Teatro Municipal do Faro. Gravou vários CDs com obras de autores portugueses para a Editora Numérica e um CD duplo com Sinfonias de Mozart. Com a Orquestra do Algarve, apresentou-se em Viena, Bruxelas, Lisboa, Sevilha, Porto, Curitiba e Londres. Osvaldo Ferreira é o maestro português com maior número de estreias, encomendas e gravações de obras de autores portugueses contemporâneos. O seu percurso inclui cerca de 600 concertos, 60 apresentações de óperas e bailados e ainda a integral das Missas e oRequiem de Mozart, em 2007. A sua ligação com a música contemporânea é um dos aspectos mais importantes do seu trabalho, destacando-se a apresentação de estreias e primeiras audições de obras de alguns dos mais importantes compositores da atualidade, tais como Krzysztof Penderecki, Lera Auerbach, Jean-Luc Ponty, Bernardo Sasseti, Hans Rosenschoon e George Ligeti, entre outros. Maestro convidado regularmente em Portugal, Rússia, União Europeia, Brasil, África do Sul e EUA, gravou para a RTP, TV Educativa, RDP e Editora Numérica, destacando-se o seu trabalho em orquestras como Sinfônica de Roma, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfônica Brasileira / OSB, Orquestra de Câmera de Praga, Orquestra Filarmônica de Varsóvia, Orquestra Filarmônica da Silésia na Polônia, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Filarmônica de São Petersburgo, Mozarteum de São Petersburgo, Orquestra do Teatro Nacional São Carlos, Orquestra do Teatro Olímpico de Vicenza, Orquestra da Extremadura de Espanha, North Shore Orchestra em Chicago e Orquestra do Festival de Aspen, nos Estados Unidos. Realizou Mestrado em Direção de Orquestra em Chicago e pós-graduação no Conservatório de São Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Foi laureado em 1999 no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia. Recebeu o “Fellowship” do Aspen Music Festival nos EUA, onde frequentou a American ConductorsAcademy. Foi assistente de Claudio Abbado em Salzburgo. Estudou ainda com Jorma Panula e David Zinman e foi bolsista do Ministério da Cultura de Portugal e da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.
Apresentando os solistas
Dias 08 e 11
- Roberto Frontali – Rigoletto
- Artemisa Repa – Gilda
- Fernando Portari – Duque de Mântua
Dias 10, 12 e 15
- Rodolfo Giugliani – Rigoletto
- Lys Nardoto – Gilda
- César Gutierrez – Duque de Mântua
Dias 8, 10,11, 12 e 15
- Sávio Sperandio – Sparafucile
- Adriana Clis – Magdalena
- Manuel Alvarez – Monterone
- Ciro D’Araújo – Marullo
- Ivan Jorgensen – Borsa
- Pedro Olivero – Conte Ceprano
- Carla Odorizzi – Contessa Ceprano
- Rejane Ruas – Giovanna
- Fabio Belizalo – Usciere di Corte
- Kamille Távora – Pajem
Serviço
Rigoletto, de Giuseppe Verdi
Libreto: Francesco Maria Piave, inspirado no drama Le Roi S’amuse, de Victor Hugo
Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal
Direção de cena: Pier Francesco Maestrini
Cenários e projeções: Alfredo Troisi
Restauro de figurinos: Francesca Ghinelli
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Maestro Preparador do Coro: Maurílio dos Santos Costa
Regência: Osvaldo Ferreira
Participação especial: Orquestra de Sopros da Escola de Música da UFRJ
Dias 8 e 15, às 17h
Dias 10, 11 e 12 de julho, às 20h30
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano, s/nº – Centro
Preços:
- Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
- Balcão superior – R$ 60,00
- Galeria – R$ 25,00
- Frisas e camarotes – R$ 504,00
Desconto de 50% para estudantes e idosos
Classificação etária: Livre
Duração: 150 minutos com intervalos
Informações: (21) 2332-9191
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone 21 4003-2330
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